Prêmio Guimarães Rosa 1989.
Ilustrações: Angelo Abu
Prêmio Guimarães Rosa em 1989, o romance teve sua primeira publicação em 1991, pela editora Marco Zero, com orelha assinada por Márcio Souza. Posteriormente, saíram novas edições pelas editoras Oficina do Livro e Del Rey. Hoje, ele integra o catálogo da Atual Editora, já com várias reimpressões. A obra foi adaptada para teatro em 1998, por Sérgio Abritta e Ricardo Figueiredo. Também inspirou uma minissérie de Breno Milagres, veiculada em janeiro de 2002 pela Rede Minas de Televisão, tendo nos papéis principais os atores Elvécio Guimarães, Wilma Henriques e Jackson Antunes. Esse trabalho originou um CD com a trilha sonora feita pelo autor, em parceria com Chico Lobo e Valter Braga, hoje distribuído pelo selo Karmim. O livro conta a história do velho Durval, que no último dia de vida busca compreender a tragédia que se abateu sobre sua família. Em 2010, foi traduzido na Itália, por Eleonora Casani. Também tem uma tradução para o espanhol da Argentina, publicada em 2024 pela Caravana Editorial e Livraria Caburé.. TRECHO.
Fortuna Crítica
“Um extraordinário pedaço de saga condensada” – Malcolm Silverman, World Literature Today, 1991.
“Uma obra excelente” – Fernando Py, Folha de Petrópolis, 1991.
“Palmeira Seca tem tudo para agradar o leitor que procura a criatividade artística num texto ficcional” – Adinoel Mota Maia, A Tarde, 1991.
“O instrumento narrativo ainda é rudimentar, mas, mesmo assim promissor” – Wilson Martins, Idéias-Jornal do Brasil, 1991.
“Palmeira Seca apresenta um enredo machadiano. A prosa surge nele com força telúrica e impacto” – Duílio Gomes, Minas Gerais, 1991.
“Palmeira Seca pode ser lido num fôlego, mas deve ser deglutido aos poucos, para se sentir toda a relação homem/natureza em meio a um drama muito humano” – Maria de Lourdes Reis, Diário da Tarde, 1991.
“Os diálogos de Palmeira Seca são muito vivos em perguntas e respostas, comentários insinuantes nos quais os interlocutores se projetam… a inteligência e a sensibilidade do leitor se integram no texto” – Alaíde Lisboa de Oliveira, Minas Gerais, 1992.
“Palmeira Seca faz o romance mineiro voltar a espaços percorridos por Guimarães Rosa e Mário Palmério, retoma temas seculares e traz sangue novo ao gênero” – Luiz Carlos Junqueira Maciel, Estado de Minas, 1992.
“Palmeira Seca é um romance que soa para o leitor como o ruído curto e seco de um tiro – e atinge o alvo” – Lindolfo Paoliello, Estado de Minas, 1992.
“Com seu estilo preciso, mas não denso, privilegiando os diálogos – que não escondem o premiado autor de teatro que é – JFS nos traz um romance que merece ser lido” – Sérgio Valle, Correio Popular, 1993.
“Li com grande prazer” – Rubem Fonseca, 1993.
“Palmeira Seca busca construir uma parcela da memória rural com uma força de linguagem incomum em escritor jovem” – Letícia Malard, Cadernos de Pesquisa-UFMG, 1994.
“O encantamento fica por conta da linguagem primorosa com que o autor construiu os diálogos e teceu a sua trama” – Neuza Sorrenti, equipe de leitura e literatura da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais, 1994.
“Um livro incomum, rico de diálogos primorosamente naturais” – Abgar Renault, da Academia Brasileira de Letras, 1995.
“Seu estilo é simples e verdadeiro, fluente e preciso, exato. Poético, às vezes, mas de uma poesia enxuta, quase seca, nenhum artifício, nada” – Lygia Fagundes Telles, da Academia Brasileira de Letras, 1996.
“A secura, enquanto opção técnica, desdobra-se na arte literária de Palmeira Seca, de Jorge Fernando dos Santos, inserindo o leitor em uma armadilha textual onde a economia e a contenção são a mais valia da palavra” – Rogério Zola Santiago, Revista Vitória, 1996.
“Este é um livro que faz juz ao que os bons leitores podem esperar dos bons livros” – Renato Sampaio, Tribuna Regional, 1996.
“Confesso que raramente li uma obra que me tocasse tanto como esse romance de Jorge Fernando” – Teotônio Marques Filho, O Lutador, 1998.
“Em Jorge Fernando dos Santos há o mesmo estilo seco, direto, quase sem adjetivação de Graciliano Ramos, mas os diálogos de seus personagens e os trechos narrativos atingem diretamente o leitor, sem cansá-lo, fazendo-o meditar sobre a vida e seus diuturnos desdobramentos” – Luiz Carlos Abritta, no livro Críticas Criticáveis, 1999.
“É um livro perfeito. No segundo grau, eu tendia a odiar quase todos os livros que me mandavam ler. Para mim, ler era uma tortura, mas esse foi um dos livros que me ensinaram a ver o prazer que é uma boa leitura e o quanto esse hábito é deleite para a alma” – Antonio Augusto Shaftiel, autor de RPGs e escritor.
“Embora a história seja ambientada numa fazenda no sertão, o universo temático de Palmeira Seca foge a todo momento do puramente regional e resvala no universal, deixando a obra impressa no próprio leitor ao término do livro” – Planetanews, 2006.
“Poucas vezes a literatura brasileira ofereceu – em tão poucas páginas – tantas imagens de rara beleza quanto esta novela de Jorge Fernando dos Santos, Palmeira Seca. Trilhando o perigoso caminho do regionalismo, enfrentando as armadilhas da esgarçada narrativa rural, este jovem autor mineiro conseguiu criar uma história de alta-voltagem emocional, ao mesmo tempo inscrita na tradição regionalista e na vocação moderna do escritor” – Márcio Souza, na apresentação da primeira edição pela Editora Marco Zero, em 1991.
“Jorge Fernando dos Santos é também jornalista, dramaturgo e autor infanto-juvenil. E Palmeira Seca se beneficia dessas atividades. O estilo é seco, preciso e incisivo como uma notícia de jornal bem redigida. Ao invés de descrever personagens, o autor deixa-os falar e agir e, assim, apresentarem-se eles próprios ao leitor. Conheci Palmeira Seca na condição de jurado daquele Prêmio Guimarães Rosa, em 1989. O que disse aos meus colegas da comissão julgadora (Carlos Herculano Lopes e Manoel Lobato) eu volto, agora, a repetir: É, na verdade, um romance fora do comum” – Cunha de Leiradella, 1991.
“Jorge Fernando dos Santos é um autor modernista que procura mostrar, através dessa obra, a condição humana, seu modo de encarar a vida e a morte. Percebemos que sofreu influência de alguns autores clássicos e que, apesar de direcionar suas obras a crianças e adolescentes, também conseguiu atingir pessoas de outras idades. Devido a sua linguagem envolvente, altamente descritiva e de fácil entendimento, narrou histórias fortes, repletas de sentimentos antagônicos” – Vinícius Guerra, aluno da 8ª série do Colégio Jesuíta de Juiz de Fora, 2008.
“Além de ser um romance baseado em personagens reais e ambientado em Minas Gerais, o autor, natural de Belo Horizonte, fascina pela maneira peculiar de narrar, como se fosse um roteiro de cinema. Tal característica motiva os leitores e cria o prazer pela leitura” – site do Colégio Magnum Agostiniano, BH, 2009.