1956 – Jorge Fernando dos Santos nasce a 23 de abril, no bairro Santo André, Belo Horizonte (MG), filho do marceneiro Mário dos Santos e da dona de casa Maria Tereza Silva Santos.
1957 – A família se muda para Venda Nova, região Norte de BH, onde nasce Jane Lúcia. O barracão, às margens do córrego Vilarinho, é cercado de pomares e pastagens, paisagem que marcará a obra do futuro escritor.
1962 – Militante do PTB e agora funcionário do IAPI, o pai adquire um lote no bairro Caiçara, onde constrói um barracão para o qual a família se muda.
1963/66 – Faz o curso primário nas Escolas Combinadas da Vila Adelaide, no Caiçara. Suas primeiras redações são expostas no quadro de honra da escola. Nasce seu irmão, Júlio.
1967 – Faz o Admissão nas férias, no Colégio Brasileiro. Passa para a 1ª série ginasial, mas a família não tem recursos para pagar o colégio. É obrigado a repetir o Admissão.
1968 – Ganha bolsa de estudos e começa o ginásio no Colégio Eurico Dutra, cuja direção é presa por falsificar dinheiro. O professor de biologia anota suas notas incorretamente e se demite, fazendo-o repetir o ano. Nasce sua irmã caçula, Julita.
1969/70 – Estuda no Ginásio São Francisco, anexo ao Instituto Sagrada Família, em frente ao Colégio Anchieta, este frequentado por estudantes de classe média.
1971/74 – Transfere-se para o Colégio Anchieta, onde fica até concluir o 1º científico. Participa dos grêmios literários e vence três festivais de poesia. Começa a trabalhar na loja Albinos Artesanato e, depois, na Livraria América.
1975/76 – Aprovado em concurso, conclui o científico à noite, no Colégio Estadual Central, rebatizado Escola Estadual Governador Milton Campos.
1977 – Conhece na noite um músico do Clube dos Oficiais da PMMG. Este o apresenta ao maestro Edson Fernandes, com quem divide autoria do choro “Renascendo”, sua primeira composição. Conhece Sebastião Ildefonso, com quem toma aulas de violão. Frequenta grupos espíritas, canta em coral e edita um jornalzinho no Centro Oriente.
1978 – Pelas mãos do escritor José Afrânio Moreira Duarte, publica poemas no suplemento Destaque, do Jornal de Minas. Vence concurso nesse mesmo jornal com um texto sobre Geraldo Vandré. É convidado pelo colunista Gilberto Gonçalves a colaborar na seção de música. Participa de festivais com a Banda do Zé Doido.
1979 – Planeja fazer vestibular para arquitetura. Inscreve-se na UFMG, mas desiste. Animado por Gilberto, matricula-se em comunicação social na FAFI (futura UNI-BH). Aprovado, abre o show da 1ª Calourada Unificada de BH.
1980 – Classifica duas músicas nos festivais de Sete Lagoas e Nova Lima, onde o pai o apresenta ao arquiteto e compositor Ângelo Pinho, com quem produzirá várias parcerias. Conclui o musical “Garimpo – Lugar ao Sol” e escreve comédia para o grupo teatral da faculdade.
1981 – “Garimpo” fica em segundo lugar num concurso da Fundação Clóvis Salgado e é encenado por alunos do Teatro Universitário da UFMG, com direção de Otávio Cardoso e supervisão de Haydée Bithencourt. Viaja para o Nordeste e participa de encontro estudantil em Salvador. Filia-se à Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT).
1982 – Forma-se em jornalismo pela FAFI. Juramentista da turma, lê o poema “Operário em Construção”, de Vinicius de Moraes, no culto realizado na Catedral da Boa Viagem. Transfere-se do setor de Seguros e Fundos para o Marketing da BMG, onde já trabalha há cinco anos. Torna-se redator do house organ BMGente.
1983 – Demitido da BMG, edita jornais para entidades de classe. Assina colunas de teatro e cinema no jornal Estado de Minas. Colabora no Suplemento Literário do Minas Gerais, onde conhece Murilo Rubião, Adão Ventura, Duílio Gomes, Manoel Lobato e outros escritores. Filia-se ao PDT de Brizola, participa da fundação da Juventude Socialista, no Rio, e da campanha pelas “diretas já”, em BH.
1984 – Entrevista o escritor português José Saramago. Publica seu livro de estreia pela Imprensa Oficial de Minas Gerais: “Teatro Mineiro – Entrevistas & Críticas” tem patrocínio da Associação dos Economiários Federais de Minas Gerais (AEF/MG) e reúne textos publicados na coluna Teatro Vivo, do Estado de Minas.
1985 – Fica noivo de Vilma Pinto Vilaça, em 22 de abril. Escreve com Ângelo Pinho o musical “Chico Viola”, encenado pelo Grupo Tecla, com direção de Wenceslau Coimbra Filho. Ganha da crítica mineira o Troféu João Ceschiatti de melhor texto estreante. Assiste ao Encontro Nacional de Política Cultural, no Palácio das Artes, e idealiza com outros artistas o Encontro Popular de Cultura (EPC). Começa a trabalhar na AEF/MG como assessor de imprensa.
1986 – Em 23 de abril, ao completar 30 anos, casa-se com Vilma. Integra a coletânea “Momentos de Minas” (Ed. Ática/Rede Globo Minas). Pelas mãos de Maria do Carmo Brandão publica pela Editora Lê seu primeiro livro para crianças, “O Menino e a Rolinha”. Integra a coletânea “Novos Contistas Mineiros” (Ed. Mercado Aberto).
1987 – Premiado pelo INACEM num concurso de dramaturgia sobre reforma agrária, recebe o prêmio em Brasília, das mãos de Celso Furtado, ministro da Cultura. Participa de solenidade no Palácio da Alvorada, com vários artistas. A peça “O Avesso da Terra” é publicada em coletânea com apresentação do teatrólogo Fernando Peixoto. O TU remonta “Garimpo – Lugar ao Sol”, com direção de Wenceslau Coimbra Filho.
1988 – Publica as novelas infanto-juvenis “O Camaleão Azul” (Lê) e “O Rei da Rua” (Mercado Aberto).
1989 – É contratado como repórter de cultura no Estado de Minas, responsável pela página de livros, tendo Ângelo Oswaldo como editor. Ganha o Prêmio Guimarães Rosa do governo de Minas com o romance “Palmeira Seca”. Por encomenda do Palácio das Artes, escreve “A Rebelião dos Poetas”, levada a 14 cidades sob a direção de Affonso Drumon. Ganha o Troféu Fundacen pelo melhor texto estreante. Escreve o show “E agora, Brasil?”, para a cantora Helena Penna, maior bilheteria do ano no projeto Fim de Tarde. Integra a coletânea de contos “Flor de Vidro” (Ed. Arte Quintal).
1990 – Publica “O Pintinho Pedrês” (RHJ). Muda-se para a própria casa, no Caiçara, projetada por Ângelo Pinho.
1991 – Nasce sua filha, Bárbara Luíza, em 4 de abril. Publica “A Medalha Cigana” (Ed. Melhoramentos), “O Boi da Cara Branca” (RHJ) e “Palmeira Seca” (Marco Zero). Este é adotado no exames de seleção do Supletivo de 2º Grau. Faz a cobertura jornalística da Bienal Nestlé de Literatura, em São Paulo, onde conhece vários autores renomados.
1992 – A convite da Biblioteca Nacional, participa em Manaus de um encontro internacional de críticos literários. Lança “Reportagem Mortal” (Lê), inaugurando a coleção “O creme do crime”.
1993 – “O Rei da Rua” é relançado pela Atual Editora. Publica “Chuvas de Abril” (Mercado Aberto). Escreve argumento para o episódio “O Porteiro” para o “Você Decide”, programa semanal da Rede Globo. O elenco reúne Milton Gonçalves, Carlos Vereza, Norma Bengell e Isis de Oliveira sob a direção de Roberto Faria. O trabalho ganha menção de louvor do Conselho Penitenciário de Minas Gerais.
1994 – Lança “O Roubo do Vinho” (Lê) e “O menor espetáculo da Terra” (Ed. Formato), em parceria com o ilustrador e escritor Cláudio Martins.
1995 – Pela primeira vez uma música sua é gravada: “Terra Brasilis”, parceira com Ângelo Pinho, vira carro-chefe do CD “Marias”, que dará a Helena Penna o Prêmio Sharp de cantora revelação da MPB. Lança “BH em Cena – Teatro, televisão, ópera e dança na Belo Horizonte centenária” (Ed. Del-Rey). Sua peça “Álbum Rasgado” tem leitura dramática com participação do ator Rogério Cardoso.
1996 – É promovido a editor de cultura no Estado de Minas e exerce o cargo por quase um ano, passando a editor-assistente de Angelo Oswaldo. Publica “Morte à Meia Noite” (Lê). “Palmeira Seca” é adotado no vestibular da UNI-BH. Escreve o documentário “Cidade de Prancheta”, para a Rede Globo Minas, com direção de Geraldo Veloso. Sua vida e sua obra ganham exposição na Biblioteca Pública Professor Luiz de Bessa.
1997 – Em homenagem ao centenário de BH, produz o CD “Belôricéia”, reunindo canções em parceria com Ângelo Pinho e Clésio Vargas na voz de Helena Penna. Escreve com o ator Carlos Nunes o monólogo “Pérolas do Tejo”, que baterá vários recordes de bilheteria. Participa do Encontro Estadual de Escritores, em Caxambu.
1998 – Lança “E a Terra parou novamente – O caso dos ETs de Varginha” (Atual Editora), na Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Publica “Álbum de retratos” (Ed. Formato). “Palmeira Seca” é adaptado para teatro por Sérgio Abritta e Ricardo Figueiredo, com Elvécio Guimarães na direção e no papel principal. No dia da estreia, viaja para Portugal e Espanha em companhia da mulher.
1999 – Relança “A Medalha Cigana” (Ed. Miguilim). Inicia parceria musical com Tino Gomes e Manezinho do Forró. O programa “Minas – Um livro aberto”, da Rede Minas, grava especial de uma hora sobre sua vida e sua obra, com várias participações.
2000 – Publica a coletânea “Crônicas do Brazyl” (Mazza Edições), tendo como gancho os 500 anos da chegada dos portugueses ao país. Inicia parceria musical com Valter Braga logo após um almoço com o violonista