Editora Recanto das Letras e Mundo Produções
Capa: Adriano Alves
A Rua Jaceguai, 27, perto da Praça Varnhagen, no tradicional bairro carioca da Tijuca, abrigou um imóvel de dois andares que se tornaria tão importante para a MPB quanto a famosa casa da Tia Ciata foi para o samba e o apartamento de Nara Leão, para a Bossa Nova. Alugado em 1961, ao psiquiatra Aluizio Augusto Porto Carreiro de Miranda, o imóvel se tornaria berço do MAU (Movimento Artístico Universitário), revelando talentos como Aldir Blanc, Gonzaguinha, Ivan Lins, Cesar Costa Filho, Eduardo Lages, Lucinha Lins, Ruy Maurity, Sílvio da Silva Júnior, Marcio Proença e muitos outros campeões de festivais. O MAU desaguou no “Som Livre Exportação”, um dos melhores programas musicais da tevê brasileira. Ex-músico do Cassino da Urca e da Rádio Mayrink Veiga, Aluizio e sua esposa, Maria Ruth, recebiam amigos como Donga, Cartola, Nássara e Clementina de Jesus em animadas rodas de samba. Suas filhas, Regina e Angela, não demoraram a convidar os jovens amigos que um dia seriam destaque na vida artística nacional. Além de compositores e cantores, também integraram a patota a futura produtora de tevê e autora de telenovelas Maria Carmem Barbosa, a atriz Angela Leal e a jornalista Léa Penteado. O livro “Jaceguai,27”, de Leila Affonso e Jorge Fernando dos Santos, narra a história daquele endereço nos tempos em que a cultura nacional fervia e transbordava de criatividade, driblando a censura do governo militar.
Fortuna Crítica
“Parabéns pelo levantamento sobre a Jaceguai! É uma história que precisava ser contada”, Ruy Castro, 2018.