Jorge Fernando dos Santos

logo - Jorge Fernando dos Santos

Da leitura à escrita

Thiago V. Lacerda (o mais jovem), com Hildebrando Pontes, Tavinho Bretas e o autor da “orelha”

Na manhã de sábado (16/12), compareci ao lançamento do livro Herdeira do Norte – A crônica da lâmina vermelha, de Thiago V. Lacerda, publicado pelo selo Literíssima. A sessão de autógrafos foi realizada na Livraria Café com Letras, com a presença de vários convidados.

Devo esclarecer que o jovem autor é filho de dois amigos, o músico e parceiro Geraldo Vianna e a brilhante jornalista Graziela Cruz, com quem já tive a sorte de trabalhar. Mas não foi apenas em nome da amizade que aceitei o honroso convite para escrever o texto de apresentação. Embora não seja leitor assíduo da chamada literatura fantástica, que tem em Tolkien seu maior expoente, descobri no primeiro contato com Thiago que estava diante de um escritor talentoso e esforçado.

Assim como outros me apoiaram no meu início de carreira, sinto-me impelido a abraçar os novos, principalmente quando se trata de alguém que, antes de ser escritor, revela-se também um grande leitor. Afinal, o mundo está cheio de autores cuja formação literária passa longe dos clássicos – o que é uma lástima. Apoiar o Thiago escritor é também uma forma de incentivar o leitor que ele é.

Fôlego de nadador

Para os fãs de literatura fantástica, ou mesmo para aqueles que simplesmente se interessam em descobrir talentos literários da nova geração, republico no meu blog o texto que escrevi para a orelha desse segundo romance do Thiago, um livro de 516 páginas escritas com fôlego de nadador:

“Ao ser convidado para apresentar Herdeira do Norte – A crônica da lâmina vermelha, experimentei a dúbia sensação de receio e alegria. Receio porque nunca tinha lido nada do autor. Alegria, por ter a oportunidade de incentivar a carreira de um jovem romancista que, antes de tudo, é também bom leitor.

“Nascido em 2005, Thiago V. Lacerda traz nas veias o DNA da criatividade artística. Contudo, se não fosse suficientemente dedicado, isso pouco adiantaria. Ele conta que se interessou pela literatura fantástica ainda na infância, passando horas debruçado sobre os clássicos do gênero. Já na adolescência, começou a se dedicar também à escrita, trabalhando com as palavras diariamente com invejável disciplina.

“Seu primeiro livro, Sombra de Lynary – O logo vermelho, foi publicado quando tinha apenas 17 anos. Um romance com nada menos que 636 páginas! Como salientou Kaio Carmona, a obra ‘nos mostra que o autor sabe contar uma boa história’. De fato, Thiago é por excelência um contador de histórias, daqueles que hipnotizam o leitor já nos primeiro parágrafos. Paixões, traições, disputas de poder, batalhas épicas e toda sorte de aventuras perpassam as páginas do presente livro, que tem tudo para agradar aos fãs desse tipo de literatura.”

8 comentários em “Da leitura à escrita”

  1. Wander Conceição

    Você é um amigo nobre que ganhei Jorge, exatamente pelo seu desprendimento, por sua elegância, generosidade e esse desejo vivo de incentivar seus pares, além, é claro, de sua grande competência. Afetuoso abraço!

  2. não é obrigação, mas é sempre um alegria ler e/ou escrever sobre alguém que se mete a nadar nas águas cada vez mais turbulentas da literatura atual. que, ou ensina a ser feliz em 3 lições, em trocentas páginas de autoajuda, ou se cala para sempre na catedral da cantuária.

  3. Que boa notícia, há algum jovem que lê e escreve! A minha sensação era de alienação em massa. Tenho travado um grande esforço para diferenciar meus filhos desse contexto. Sucesso ao novo escritor!

  4. Rivaldavio Mulato Dos Santos Santos

    Jorge muito legal o que divulgou respeito a este jovem
    …Bendito seja Thiago,sei que derramará mente e coração em milhares de páginas de livros.Ele
    ainda está na fase primaveril…

  5. Augusto Carlos Duarte

    As obras integram uma saga (o adjetivo vermelho/a as uniria?), ou são independentes?
    Mera curiosidade. Importa que ele faz, como dito na crônica, obras de grande fôlego, a la a trilogia de “O Senhor dos Anéis”, o que é uma contramão nos tempos atuais, nos quais prevalece a máxima drummondiana: “Escrever é a arte de cortar palavras.”
    Felizmente, nem sempre.
    Sucesso ao jovem autor!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima