Águas da crise
(Paródia de “Águas de Março”, de Tom Jobim)
É pau, é ferro, é o fim dos caminhos
É o euro, é o dólar, despencando sozinhos
É o caos, é o Bush, é Obama, é Mckain
É um exit ou push, é o mal, é o bem
É a crise chegando, é um nó, roubalheira
O discurso do Lula é uma grande canseira
Mamadeira de banco, tombo na financeira
É a bolsa afundando, hora da rezadeira
É ministro falando uma nova besteira
É a figa, oração, é a macumba primeira
É a bolsa subindo, é conversa de feira
O dinheiro do povo é a poupança caseira
Tá de volta a inflação, risco de quebradeira
Passarim, passarão, papagaio na esteira
É uma vela pra Deus, é uma vela pro cão
É um despacho pra santa globalização
É o fundo perdido, é o fim do pavio
O meu bolso fodido, tá furado e vazio
É um desfalque, é um cheque, é sem fundo o desconto
FMI tá voltando, o vigário e seu conto
É um juro indigesto, é uma prata brilhando
É o ouro amanhã, desemprego arrochando
É a lenda, é o mito, é o fim do lulismo
É a bolsa família, chega de populismo!
É o projeto do homem, é o plano na lama
O poder diaraque, é a cana, é a cana
É um abraço no Chávez, é um chute no Sam
É um beijo na Dilma, pra depois de amanhã
São as águas da crise molhando o PT
É a promessa, um deslize, o que é que vai ser?
É uma sombra, é pré-sal, tem petróleo no mar
O governo não quer Petrobras pra explorar
São as águas da crise molhando o PT
É a promessa da volta do PSDB
É pau, é ferro, é o fim do império
E o resto da grana é um tremendo mistério
É um abraço no Chávez, é um chute no Sam
É um beijo na Dilma, pra depois de amanhã
São as águas da crise molhando o PT
É a promessa, um deslize, o que é que vai ser?
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Jorge,
Gostei do texto. Mas devo confessar que não o motivo do meu contato.
Na verdade, gostaria de descobrir o contato do Cunha de Leiradella.
Eu o conheci no tempo do TECLA – Teatro Clube da Amizade e há muito tempo não falo com ele e, ultimamente tenho me lembrado muito e descobri você.
Então, se fosse possivel, gostaria que me enviasse o endereço dele para que eu possa contactá-lo.
Agrade a atenção.
Um abraço,
Zelinha
Oi Jorge,
Só a palmeira é que secou. Você está cada vez mais fértil. A literatura agradece.Um abraço da Ana.
Oi, Jorge, tudo bem? Quantos escritores e gente do meio cultural por aqui! Sei que vc. gosta de Hemingway, então gostaria de recomendar o blog do neto dele para vc (e vc para ele, que lê português): http://www.johnhemingway.blogspot.com. Gostaria também de te mandar um artigo sobre Axel Honneth, filósofo que cairá no vestibular da UFMG. Abraços do Lúcio Jr.
Parabéns, Jorge!
Se você não fosse escritor, não seria nada melhor.
Um grande abraço,
Lourdinha
Um deboche só. Muito divertida a paródia. Parabéns pelo blog, Adorei. Continue. Você arrasa! Antenor.
Muito boa a paródia, Jorge. Precisamos exercer nossa veia cômica nesses tempos de perplexidade. Lino.
Valeu, jorge, posso usar em prova? abraço do Caio, aqui de São Luís do Maranhao.
Êta, parceirinho da pesada! Você com essa se superou!!! Bom demais!!!
Beijo,
Lígia Jacques
Jorge,
Boa paródia.Parabens pelo site, esta bem legal.
Abços, Zecarlos Lassi
Matou a pau. Li com a música na cabeça acompanhando. Muito bom… Sílvio Ribas
Legal, mermão! canta em tom maior! Cunha.
Genial! – Elenice Fontoura.