O presidente da Embratur nomeado por Lula, Marcelo Freixo, está de olho em 5% do orçamento do Sesc e do Senac para custear a divulgação da imagem do Brasil lá fora. Mas e o país aqui dentro, como fica? Pelo visto, o nobre deputado federal do PT fluminense desconhece a importância dessas entidades nas áreas de educação, cultura, esporte, lazer e formação profissional.
Para quem não sabe, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem no Comércio (Senac) fazem parte do chamado Sistema S. Este teve início em 1942, quando o então ditador Getúlio Vargas fundou o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), com o objetivo de acelerar o desenvolvimento da indústria no país.
Também integram o Sistema o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Social da Indústria (Sesi), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e Serviço Social de Transporte (Sest). O Sistema S independe do governo, pois é mantido por contribuições do setor empresarial, no total de quase R$ 30 bi ao ano. Tanto dinheiro faz Freixo suspeitar de uma caixa preta a ser aberta em favor do governo.
Ideia de muriçoca
O orçamento do Sesc para este ano é de R$ 9,43 bi, enquanto o do Senac chega a R$ 1,05 bi. Freixo espera arrancar pelo menos R$ 524 milhões para o caixa da Embratur. Alega que sem isso não teria como cumprir as metas da estatal. Para tanto, mobilizou o líder do governo no Congresso Nacional, deputado federal José Guimarães (PT-CE) – o mesmo que teve um assessor preso com dólares na cueca, no auge do Mensalão.
O pior da história é que não apenas partidos governistas, mas também alguns ligados ao Centrão do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), são simpáticos à proposta. Na prática, a coisa consiste em pegar dinheiro alheio para financiar ações de governo. A ideia de muriçoca não é nova. Desde a Constituinte de 1988 que políticos de diferentes matizes ideológicos crescem o olho nos recursos movimentados pelo Sistema S em todo o país.
Aprovado na Câmara em 27 de abril, o famigerado projeto tramita no Senado, que deverá analisá-lo sob forte pressão do Sistema S e da opinião pública. Se virar lei, colocará em xeque atividades do Sesc e do Senac em mais de 100 cidades, desempregando pessoas e prejudicando não apenas os setores de educação e cultura, como também a distribuição de 2,6 milhões de toneladas de alimentos por meio de programas sociais, como o internacionalmente premiado Mesa Brasil Sesc.
O pior, no entanto, é que a nova lei abriria as comportas, sendo o primeiro passo para que o governo federal se aproprie de recursos do setor empresarial para viabilizar seus projetos. Isso representaria uma forte intervenção do Estado, colocando em risco o funcionamento de todo o Sistema S.
Tudo estava previsto, tudo estava claro. Vão assaltando tudo que podem. Estes valores são pagos pelos contribuintes de varias formas. Nos mesmos aqui no condominio, sobre o salarios dos funcionarios, pagamos alem do INSS, tambem parcelas do SESC e SENAI entre outros impostos.
Perguntar não ofende: O Sistema S agrega entidades privadas ou governamentais? Se privadas, isso significa intervenção governamental.
É um projeto de desapropriação de capital alheio.
4Ss: Sem sensibilidade seria sério.
Do Gervasio Horta
Fazer “cortezia com o chapéu alheio ” é facil ! Quero ver tirar essa verba das emendas parlamentares!
Absurdo! Cuidado hein, Jorge, qualquer dia te levam preso por escrever e mostrar a verdade! Parabéns para quem fez L e contribuiu para a destruição do Brasil