Jorge Fernando dos Santos

O tempo tece a teia
feito aranha invisível
e, quando se vê preso
no seu próprio fio,
a si mesmo desfia
num gesto intraduzível.

O tempo é Penélope:
à noite desfaz o que fez de dia.
Sua espera é para sempre
e, enquanto espera, fia.

  • Poema falado pelo autor no CD 50, trilha sonora dos seus 50 anos de idade.
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