Na noite desta terça-feira (10/12), no Teatro Francisco Nunes, será lançado o livro Colégio Marconi, 40º volume da coleção BH – a cidade de cada um. O autor é ninguém menos que o mestre do conto Luiz Vilela, mineiro de Ituiutaba e ex-aluno da instituição, considerado um dos maiores ficcionistas do país. O evento terá entrada franca.
A ocasião será de festa não apenas pelo lançamento em si, mas também pelas comemorações dos 20 anos redondos dessa gloriosa série de livros sobre a capital mineira. Trata-se de uma ideia pioneira dos jornalistas José Eduardo Gonçalves e Sílvia Rubião, donos da Conceito Editorial, apoiados pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura.
Zé Eduardo, vale lembrar, acaba de ganhar o Prêmio Academia Mineira de Letras com a coletânea de contos Pistas falsas, lançada no ano passado pelo selo Patuá. Fui um dos concorrentes, com o ensaio Belo Horizonte em letra e música (Miguilim), indicado por amigos acadêmicos, a começar por Pedro Rogério, filho do saudoso Vivaldi Moreira – o presidente que instalou a entidade em sua atual sede.
Mosaico afetivo
A coleção BH – a cidade de cada um constitui-se numa das iniciativas mais importantes da cena editorial mineira. Inspirado numa série de livros sobre o Rio de Janeiro, o projeto da Conceito realiza uma espécie de “operação resgate” da autoestima e da memória de Belo Horizonte. Deveria ser leitura obrigatória nos colégios da cidade, a começar pelas escolas da Rede Municipal de Ensino.
Os volumes até agora publicados foram escritos por diferentes autores, todos eles convidados e devidamente remunerados pelo trabalho. Cada qual com seu estilo narrativo, contribuem na feitura de um mosaico afetivo, que reconstrói em palavras a capital mineira no imaginário de moradores e visitantes.
O mais interessante e democrático da série é que há textos para todos os gostos. Alguns excelentes, outros nem tanto, mas igualmente imbuídos das melhores intenções. Entre os meus favoritos, estão os livros Lagoinha (Wander Piroli), Sagrada Família (Manoel Lobato), Parque Municipal (Ronaldo Guimarães), Renascença (Ana Elisa Ribeiro) e Venda Nova (Bruno Viveiros Martins).
Tive a honra de escrever o 12º volume, Caiçara, lançado em 2008, além de sugerir os nomes de Márcia Cruz, para escrever Morro do Papagaio, e Jeferson de Andrade, autor do livro sobre o bairro Padre Eustáquio. Modéstia às favas, também fui citado nos volumes Praça Sete, Carlos Prates e Floresta, respectivamente escritos por Ângelo Oswaldo, Humberto Pereira e Caio Junqueira Maciel.
Beleza de coleção, a gente põe no bolso e no coração esses livrinhos – pequenos no tamanho, mas grandes nas abordagens multifacetadas da nossa Capital Mineira.
Estaremos lá.
coleção interessantíssima, que bota belô dentro de sua casa. textos coloquiais, gostosos de ler, sem a empolução à fardão de academia. tenho vários, e confesso. sempre que os releio, é uma festa que me fala ao coração.
luís vilela. bração procê, que não vejo faz mais do que anos dobrando anos!
Eu tenho alguma coisa escrita sobre o Bairro Pompeia em Belo Horizonte, bem como um livro escrito e publicado em 2011 intitulado No Tempo dos Capuchinhos onde descrevo como se vivia no Bairro Pompeia sob as regras dos padres Capuchinhos e escrevo sobre a cidade de BH e alguns dos seus personagens folclóricos das décadas de 50 e 60.
Coleção essencial, não apenas para quem nasceu, ou mora, em BH. Tenho as 39 obras já lançadas, mas confesso ainda estar estacionado no volume sobre o Barro Preto. O tempo tem-me sido escasso e a coleção, muito embora tenha títulos cuja leitura, uma vez iniciada, é impossível parar, não é um “fast food” literário: às memórias pessoais e de terceiros, somam-se pesquisas, que surpreendem à medida que as leituras avançam. Que venha o 40o. volume! E parabéns à editora e aos autores que conduzem-nos por via(gen)s tão interessantes pela e na capital!
Estarei presente! 🥳🥳🥳 dia de festa!
Uma coletânea que ajuda a compreender a História de Belo Horizonte, sem o peso dos textos oficiais. Vida longa a ela e seus protagonistas! Que venham outras e outros, pois BH continua! Um abraço!